Na qualidade de Presidente do Movimento de Defesa da Advocacia – MDA, entidade integrada por um Conselho composto por 66 (sessenta e seis) Conselheiros e de que fazem parte aproximadamente 400 (quatrocentos) Associados, voltada à defesa intransigente das prerrogativas profissionais e à valorização da profissão de Advogado, entendo importante consignar o que esperamos do próximo Presidente da OAB/SP.
Assim, esperamos que o próximo Presidente da OAB/SP seja absolutamente intransigente contra todas e quaisquer tentativas de intimidação da Advocacia, seja por parte dos demais operadores do direito, seja por parte de quem for.
Esperamos que o próximo Presidente da OAB/SP defenda, com veemência, o uso amplo do Habeas Corpus, sem limitações formais, permitindo que essa garantia constitucional seja levada até √†s últimas instâncias em ritmo compatível com a urgência dos casos criminais.
Esperamos que o próximo Presidente da OAB/SP faça cumprir a aplicação do princípio da paridade de armas, trabalhando para que, nas audiências criminais, os Membros do Ministério Público, na qualidade de representantes de uma das partes, sentem-se no mesmo patamar físico dos Advogados; e não ombro a ombro com o Juiz.
Esperamos que o próximo Presidente da OAB/SP faça garantir um atendimento prioritário para os Advogados, constituídos ou não nos autos, nas repartições públicas – viabilizando-se um atendimento compatível com a função, por exemplo, junto √†s Procuradorias da Fazenda Nacional, Estadual e Municipal.
Esperamos que o próximo Presidente lute pela ampliação do prazo de 5 (cinco) minutos conferido aos Advogados para produzir sustentação oral perante o TIT/SP.
Esperamos que o próximo Presidente da OAB/SP lute pela manutenção do exame de Ordem, de maneira a conferir à profissão do Advogado um importante filtro para aferição do preparo do bacharel, tal como ocorre para todas as demais carreiras jurídicas, que exigem concursos públicos rigorosos.
Esperamos que o próximo Presidente da OAB/SP apresente postura extremamente rigorosa em relação à atuação dos escritórios estrangeiros no Brasil, exigindo, no mínimo, (i) prévia capacitação profissional validada pela OAB/SP e (ii) reciprocidade de tratamento a ser conferido entre os países e seus respectivos mercados de trabalho.
Esperamos que o próximo Presidente da OAB/SP seja rigoroso em relação a todas as tentativas de aumento da carga tributária a ser imposta aos escritórios de Advocacia, permitindo que essa atividade seja contemplada pelo Simples Nacional, para todos os escritórios com faturamento até o limite imposto para as demais micro e pequenas empresas.
Essas são, portanto, e sem prejuízo de outras questões importantes voltadas à causa da Advocacia, as nossas expectativas em relação ao próximo Presidente da OAB/SP, com quem teremos a honra e a satisfação de trabalhar em conjunto.
Marcelo Knopfelmacher
Presidente do Movimento de Defesa da Advocacia – MDA